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Em 2004, com quase 25 anos de idade, fui morar na região de Nova Iorque em um programa de AuPair. Achava que nunca havia cuidado muito de crianças antes mas, olhando pra trás, notei que sempre que começava um trabalho (mesmo os voluntários) acabava sendo colocada para cuidar dos pequenininhos.

Na faculdade (psicologia) trabalhei muito com o público infantil e suas famílias; quando fui voluntária em um acampamento de férias (aos 13 anos), me deixaram com o grupo dos mais novinhos (5-6 anos) alegando que eu tinha cara de lidar bem com crianças. Certamente tinha uma inclinação, mas não da mais doce criatura, e sim da mais protetora e firme (o que me rendeu muito carinho por parte das crianças e muita gratidão por parte dos pais).

Nos 9 anos morando nos EUA, meu trabalho principal sempre foi o de babysitter. Foram muitas crianças e famílias, uma indicação aqui, outra ali, e a Soraya indo ajudar os pais a se sentirem tranquilos enquanto trabalhavam ou passeavam. Cuidei de bebês a maiorzinhos (que só não ficavam sozinhos em casa porque ainda não tinham permissão legal para isso).

Voltando a morar no Brasil, acabei aceitando ajudar pessoas a aprenderem inglês, mesmo sendo reticente a fazer este trabalho pois achava que não estava preparada para tal responsabilidade.

Uma vez a coordenadora de uma das escolas que trabalhei disse que ninguém saía de uma faculdade sabendo ser professor e que esta profissão só era aprimorada ao lecionar. Naquele momento percebi que era assim mesmo (como todas as outras profissões) e fui adiante, de cabeça erguida e peito aberto, com meu novo legado.

Trabalhando em duas escolas focadas em grupos infantis, tive muito treinamento voltado para este público. Em uma outra escola (de bairro, mas onde aprendi demais com minha ex-chefe), mais turmas de pequenininhos.

Em 2020, comecei a trabalhar para uma escola onde eu ia até os alunos, mas não durou dois meses até termos que nos adaptar à aulas online para eles por causa da pandemia de Covid-19. Todos aceitaram o desafio, mas muitos não deram conta desta nova realidade onde tinham que passar diariamente muitas horas estudando ao computador. Aqueles que estão dando conta se mostram mais atentos às aulas online que presencial, o que me surpreendeu (e aos pais também).

Outras crianças têm aparecido, referência de ex-alunos que (pra variar) acham que tenho cara de lidar bem com crianças 🙂

E assim continuo este caminho, com os pequenos nela: a teacher firme, mas com um coração que acolhe e orienta.

Aprendizagem de forma orientada e natural, sem rodeios.

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